sexta-feira, 9 de julho de 2010




Fecho os olhos, mas não consigo dormir, lembranças do seu cheiro, do seu corpo, da sua voz me perturbam a mente, tirando meu sono. Em meu peito meu coração bate de forma descompassada,que chega a doer, não uma dor normal que poderia ser sanada com qualquer anestésico, mas uma dor de desespero, a sua ausência é tão tangível que chega a transcender a minha existencia e fazer parte da minha essência.
Como eu pude deixar isso acontecer, logo eu, sempre tão fria e controlada, lutando como uma louca contra o meu ser, sufocando meus sentimentos e me afogando numa irraciolidade racional.
Na escuridão sentada a janela, choro, um vento frio percorre meu corpo, lembro que minha mãe dizia que nós somos responsáveis por aquilo que colhemos, que toda ação tinha uma reação.Eu escolhi aquilo e teria que aceitar suas consequências, eu deveria saber que com sentimentos não se brinca.
Levo a mão ao peito, em vão tento arrancar essa dor, choro mais intensamente, fecho os olhos mais uma vez, em minha mente, seu sorriso me estremece a alma.
Acendo um cigarro ainda soluçando, respiro fundo, tento me recompor ..
Levanto e me jogo na cama, mais uma vez suas lembranças, lembranças de que ali nós já estivemos deitados, de que ali já fomos um, de que ali, naquele pedacinho do mundo ele já foi só meu. Pego o cobertor e o aproximo do rosto, seu cheiro ainda está ali.
Me cubro, fazendo acreditar que ainda irá voltar, Afundo minha cabeça no travesseiro, tirando meu ar, começo a respirar lentamente, sinto meu corpo adormecer, enfim adormeci.

Isis Bolzan

terça-feira, 6 de julho de 2010



Agonia, agonia e agonia, esses são os únicos sentimentos que “percorrem” minhas veias, como uma chama fugaz e certeira dilacerando meu peito.
Tento não pensar na vida e em meus problemas, mas sempre vem, eles sempre aparecem nesses momentos de solidão.
Neste momento deitada em minha cama, ouço vozes que eu não reconheço, fruto da minha imaginação? Certamente. Tampo os ouvidos, ligo o som, mas elas continuam aqui, paro, me concentro, olho para o ventilador através do espelho, sorrio com certas lembranças.
Respiro fundo e tendo cochilar novamente, essa agonia se transforma em lágrimas, seco o rosto antes que alguém apareça, levanto e caminho próximo a janela, dou uma espiadela, ninguém caminha pelos corredores, somente uma brisa que movimenta suavemente meus cabelos.
Ouço uma risada infantil no canto do quarto, viro o rosto, e novamente não tem ninguém, só o meu reflexo.
Caminho em direção ao espelho, me olho por algum tempo, e de repente entro em um certo transe, vindo a tona lembranças que a tempos achei que estivesse esquecido. Lembranças de quando eu era criança, quando eu ainda sorria com inocência, brincava de pique e pega com os vizinhos, tomava banho de chuva, me sujava de lama e acreditava que todas as pessoas eram felizes.
Lembrei também dos abraços sinceros, e de como tudo era simples, sem mascaras, sem regras, sem falsidade, sem tramoias desconexas.
Balanço a cabeça e volto a realidade, olhando meus olhos como dois poços sem fim, no que eu me tornei? Me pergunto, onde está toda aquela alegria de viver? onde está aquelas risadas nas horas mais improprias? aquelas brincadeiras que confortavam aqueles que amo? Aqueles abraços cheios de significados.
Sinto falta daquilo que vivi e daquilo que eu costumava ser...
Abro os olhos e acordo... me vejo novamente no escuro do meu quarto..

sábado, 3 de julho de 2010

História ficticia de uma vida ficticia


Muitas coisas aconteceram essa semana, coisas que eu jamais esperaria que acontecesse, nas quais me deixaram extremamente chateada, e uma outra em particular que não está fazendo nenhum sentido, estou tentando ligar os pontos, traçar alguma linha racional, mas não tem lógica. é surreal.
O que levaria uma pessoa bater na porta de outra as 5 da manhã? Alguma coisa bem séria deve ter acontecido, não sei.
O mais engraçado é que eu fico naquela bendita universidade de segunda a segunda, e quando finalmente resolvo fugir durante a semana, ele resolve fazer uma “visitinha”, mas que diabos ele queria?. ¬¬
Como diria minha amiga Potira, “SHIVA ESTÁ APRONTANDO UMA PRA MIM, SEI QUE ELE É DESSES. =*S”

Estou me corroendo por dentro, não vejo a hora de voltar, mas é muito provável que eu não o veja mais esse semestre, porem não sei o que é pior, essa agonia/curiosidade ou o fato de que provavelmente ele deveria estar muito louco/bebado, ou se sentido culpado por meter uns belos galhos em sua number one, e vir dizer que tudo (que na verdade ,era nada) entre nós acabou. Ou ele tem alguma dst. 0.0 realmente não sei, e como ele mesmo diria, NADA FAZ SENTIDO. E QUANDO EU DIGO NADA, É NADA MESMO. Não consigo imaginar o que seria tão importante que não poderia esperar até o dia seguinte.

BJS A TODOS.